É indiscutível a existência de um lugar destinado ao suplício das almas perdidas. Querer questionar a realidade do inferno é o mesmo que duvidar da inspiração da palavra de Deus revelada para o homem. Existe, é claro, muita imaginação e ficção sobre o assunto. Por isso, quero em poucas palavras, esclarecer e provar biblicamente a existência do mesmo. E é com este objetivo, que desde já, esclareço aos leitores, que na escrita de cada linha deste post, seguirei as diretrizes de Deuteronômio 29.29, onde: "As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, ..." (DT 29:29). Daí, tudo o que será tratado aqui, até mesmo uma linha, não se baseia em sonhos, visões ou revelações extras bíblicas, porque entendo que tudo isso pode ser sujeito a fabilidade do homem, mas única e exclusivamente na maior de todas as revelações dada para nós humanos - a Palavra de Deus.
Desta forma, podemos afirmar que a humanidade, desde o princípio, têm conhecido a vontade e os propósitos de Deus; e esse conhecimento adveio das revelações do criador, incutida nas mentes e na natureza (Rm 1.20), bem como em Sua palavra (revelação especial). E é na palavra do Deus Onisciente, onde encontramos inúmeras citações diretas ao inferno - tanto no Novo quento no Velho Testamento, ficando evidente de que não depende da vontade das pessoas de crer ou não, o fato é que assim como existe o santo céu de luz para aqueles que encontraram em Jesus e na sua palavra o escape da condenação, também existe o inferno de trevas, onde acomoda e ainda acomodará multidões de pecadores que não se arrependeram no tempo oportuno. Que o Senhor tenha misericórdia e nos livre!
No entanto, vemos também, que infelizmente as pseudo-religiões com seus ensinos heréticos e desassociados da Palavra de Deus, tem contribuindo assustadoramente na cegueira espiritual de inúmeras pessoas. Ainda, por meio da mídia, essas terríveis seitas e heréticos tentam inculcar na sociedade pós-moderna a nociva idéia de que não existe inferno após a morte, e que o mesmo é aqui em meio aos conflitos e crises que o mundo enfrenta. Desses tais, ainda temos os que afirmam atrevidamente que após viverem de qualquer maneira em vida terrena, ainda terão um lugar ao céu; outros dizem que depois da morte não existe mais nada - nem inferno e nem céu, e que tudo isso não passa de crendices de fanáticos religiosos.
Sendo assim, contrastando com essas ideologias de perdição de incrédulos e hereges, posso afirmar que mesmo que descrevêssemos em palavras toda a situação existente no mundo atual como: guerras e conflitos em todos os lugares, fome e criminalidade, crises na economia global e terríveis catástrofes ambientais, todavia, ninguém pode comparar ou dizer que a humanidade já vive no inferno. Porque essas calamidades existentes em nosso planeta é causado pelos pecados e maldades praticadas pelos seres humanos, pois desde o pecado original a terra foi amaldiçoada (Gn 3.17) e ainda continua sendo contaminada pela devassidão dos homens de hoje (Rm 1.18-32). E isso tem sido a causa que tem feito desde tempos remotos as pessoas enfrentar toda sorte de adversidade, restando-lhe por fim a morte.
Mesmo a morte sobrevindo ao homem, a sua existência não terminará, mas continuará para sempre, ou na presença Santa de Deus (Lc 20.38; 2Co 5.8), ou num lugar de constante tormento - o inferno ( ). E para comprovar a existência literal do inferno, passaremos a examinar, versículo por versículo, uma passagem que descreve com veracidade a situação irrevogável de todos os homens pós-morte. Vejamos o texto:
I - "Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.” (LC 16:19-21). Nesse versículos, nota-se que Jesus nos dois primeiros versos, pronunciou uma palavra derivada do verbo “haver”, mostrando assim que literalmente houve ou havia em algum lugar do passado esses dois homens: o rico e o mendigo Lázaro. Foram reais a existência desses dois personagens como narra o texto sagrado, pois Jesus relatou uma história verídica que, por Ele ser eterno (Sl 93.2; Rm 1.20), tem presenciado desde o começo.
II - “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio." (LC 16: 22,23). Nesses dois versos vemos a realidade da vida após a morte, sendo que assim como o rico, aqueles que se perdem, passarão duramente toda a eternidade em tormentos no inferno.
III - "E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama." (LC 16:24). O inferno é um lugar real! Vemos que o rico estando no inferno clama desesperadamente por misericórdia, mas nada poderá ser feito por ele; porque a bíblia é clara que enquanto há vida, ainda há esperança e oportunidade de arrependimento. Porém quando a morte vem sobre alguém que não se arrepende, resta-lhe apenas o Juízo (Hb 9.27). Este texto revela também que mesmo o homem morrendo, quando a sua alma separa do seu corpo, indo para o paraíso ou para o inferno, ali em ambos os lugares o homem continua tendo, mesmo depois da morte, plena consciência de toda a sua situação. Isso fica evidente quando o rico em tormentos inicia um diálogo com outrem.
IV - "Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá." (LC 16:25,26). Em resposta a petição o rico no verso 24, lhe é mostrado a impossibiblidade de se fazer algo por ele, até mesmo de refrescar-lhe a lingua com água. Entre o Inferno e Seio de Abraão (local onde as almas dos santos ficavam antes da morte de Cristo no calvário) havia um abismo intrasponivel, mostrando asssim a grande diferença da eternidade para o justo e o ímpio.
V - "E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento." (LC 16:27,28). O homem rico não foi condenado porque possía riquezas, pois ser rico não é pecado. O que levou ele para a condenação foi porque viveu até o fim da sua vida regaladamente e esplendidamente (v.19), ou seja, depositou sua confiança nas riquezas; fez também com que o seu dinheiro e sua fama falasse mais alto em sua vida, esquecendo-se de Deus e do seu semelhante. Ele engradeceu-se tanto, que não enxergava (ou não queria enxergar) a necessidade do seu proximo (v 21). Quando ele quis fazer alguma coisa pelas pessoas - neste caso, os seus irmão, já não havia mais possibilidade alguma, porque o seu caso era irreversivel, visto que quando ainda vivo tivera todas as oportunidade possiveis e desperdisará.
VI - "Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos." (LC 16:29). São os escritos sagrados dados por Deus aos homens para que por eles tenhamos luz (SL 119.105) para caminhar e evitar as trevas.
VII - "E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite." (LC 16:30,31). É importante observarmos nestes últimos versículos que a única forma de se escapar da condenação do inferno, é através da fé - e está “fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." (RM 10:17). Nem mesmo a ressureição de alguém “dentre os mortos” faria um pecador se arrepender profundamente a ponto de fazê-lo nova criatura. Somente a Palavra de Deus tem este poder de transformar vidas e conduzi-nos a salvação eterna (Jo 5:39).
Continuaremos no próximo post.
Gleison Elias Pereira
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